Continuação da Missão

Continuação da Missão

Outro filão humanitário de assistência foi abraçado pelos Freis, desde o início de sua chegada, até os anos dos 80, foi a “Charitas Diocesana”. Ela se estendia num território superior à mesma paróquia e ia do município de Camacan até Ituberá e Wenceslau Guimarães. Consideravam-se os hospitais, os orfanatos, os institutos de ensino e os abandonados nas roças. Combateu-se a tuberculose, formando centros paroquiais, que trabalhavam para extirpar a doença. Instituíram-se aulas de corte e de costura fornecendo máquinas de costura, ensinava-se datilografia, providenciando-se máquinas de escrever, transmitia-se às senhoras a arte culinária e treinavam-se a capacidade criativa para o artesanato e eram alfabetizados os adultos.

No espaço paroquial se realizava o movimento assistencial sendo: No alto São Sebastião estava a Associação Social e Educacional N. S. de Lourdes com a atividade de Corte e Costura, Arte-culinária, alfabetização e artesanato, com 180 participantes; no alto da Conquista estava o Centro social Sta. Rita de Cássia com a atividade da Escola primária, trabalhos manuais de corte e costura e arte culinária, com 100 participantes; em Pontal estava o Centro Social de Pontal com a atividade de Cursos Domésticos e Corte e costura, com 200 participantes; no Alto do Basílio estava o Centro Social do Basílio com a atividade de Alfabetização e Corte e Costura, com 200 participantes; na Barra de Itaipe estava o Centro Social Sto. Antonio, com a atividade de alfabetização, corte e costura, arte culinária e farmácia familiar, com 250 participantes; na Princesa Isabel estava o Centro Social Princesa Isabel, com a atividade alfabetização, corte e costura, com 100 participantes; no Alto Herval e Boa Vontade estava a União Católica Ilheense Promocional UCIP, com a atividade de datilografia, escola pré-primária, farmácia, alfabetização, cursos domésticos, com 400 participantes; no Banco da Vitória estava o Centro Social e o Centro Luiz Viana Filho, com a atividade de corte e costura, artesanato e alfabetização e no outro o Centro Habitacional, escola primária, alfabetização e cursos domésticos, 105 e 75 participantes; no Salobrinho estava o Centro Social de Salobrinho, com as tarefas de clube esportivo, cursos de pedreiros, alfabetização e cursos domésticos, com 200 participantes; em Maria Jape estava a Org. de Assistência Social e Educacional, com as tarefas de Escola primária e corte e costura, com 150 participantes; em Sambaituba estava o Centro Social, com as tarefas de Clube de Mães e cursos domésticos, com 100 participantes; em São João estava o Centro Social, com as tarefas de corte e costura e arte culinária, com 100 participantes.

A caridade é um componente comunitário, pois convida todas as pessoas a participarem na ajuda humanitária e, sempre, se encontravam pessoas dedicadas à caridade, em amparar e sustentar os pobres. Só na paróquia de Santa Rita se distribuíam mais de 150 cestas básicas aos necessitados, educando-os para melhor organizar a família e regular as despesas, sem desperdícios, e educando as mães a como tratar as crianças e os filhos.

A força inicial da ação social carmelitana se reduziu, seja pelo empobrecimento comum dos fiéis, como pelo uso da droga. Este mal invadiu o morro da Conquista, anulando a fraternidade e o trabalho de anos e anos, elemento estranho ao agir dos Carmelitas.

Tornado o ambiente mais violento, até os Freis sofreram as conseqüências da mudança social. Antigamente no Convento se reuniam diversos jogadores de cartas e passavam uma alegre parte da noite em comunhão de amizade e desconcentração, pois a volta para casa era tranqüila. Mais tarde a serenidade se perdeu e a porta do Convento, sempre aberta, tornou-se fechada, pois rondavam, sempre, mas ruas do bairro, gente perigosa. A única defesa dos Freis era o bloqueio da porta e um sólido gradeado nos fundos da casa.